História volta aos cinemas e nos permite paralelo com o atual momento do marketing digital

“Blade Runner 2049” chega aos cinemas e traz à tona novamente a discussão sobre robôs/ciborgues x seres humanos. Dennis Villeneuve (de “A Chegada”) assume a direção, dando continuidade ao filme de 1982, dirigido por Ridley Scott, que volta ao projeto como produtor.

O longa se passa 30 anos após os acontecimentos do original, quando robôs de aparência humana – chamados de Replicantes – eram caçados por policiais da cidade de Los Angeles conhecidos como blade runners.

O Blade Runner da vez é K, interpretado por Ryan Gosling, que se depara com uma informação importante que pode comprometer o futuro da humanidade e precisa procurar por Rick Deckard (Harison Ford), o caçador do filme original, para obter respostas. A história é um suspense de ficção científica com foco em questões existenciais, sonhos frustrados e em diferenças éticas, étnicas e culturais.

Deixando esses temas um pouco de lado (eles renderiam, no mínimo, uns três textos, mas não neste espaço), é possível traçar alguns paralelos com o atual momento do marketing digital, onde conceitos como chatbots, machine learning e inteligência artificial ganham força.

Robôs não devem fazer o trabalho sozinhos

No universo de Blade Runner, os replicantes são criados e explorados em trabalhos degradantes na Terra e em suas colônias. Em outras palavras, eles assumem funções que os humanos não querem assumir, sendo tratados apenas como uma opção de mão de obra.

Voltando para a nossa realidade, os chatbots têm sido exaltados pelos recursos que oferecem principalmente no que diz respeito ao SAC 2.0. Afinal, se existe um recurso que permite otimizar tarefas sem a necessidade da intervenção humana, por que não utilizá-lo para ganhar tempo em outras demandas?

O que muitos profissionais esquecem é que o chatbot pode guiar o usuário até uma parte do caminho ou até mesmo esclarecer sozinho pequenas dúvidas, mas não conseguirá (pelo menos por enquanto0, por mais sofisticado que seja, resolver questões mais complexas.

É muito fácil – e tentador – deixar uma inteligência artificial resolver problemas, afinal, não é mesmo agradável responder a porção insatisfeita de uma audiência. No entanto, este é um ponto crucial em qualquer estratégia digital e não pode ser ignorado.

Uma audiência – ou mesmo um usuário insatisfeito – pode causar danos que vão custar ainda mais esforço, investimento e tempo da equipe para serem revertidos.

Aliados, não escravos

Já há casos em que os chatbots resolvem grande parte dos problemas sozinhos. O Poupinha, inteligência artificial do Poupa Tempo, é um exemplo disso.

Olhando para o futuro, o conceito de machine learning se mostra promissor. Já são feitos testes onde as inteligências artificiais dão respostas específicas de acordo com cada pergunta, e não apenas seguem um roteiro pré-definido, como na maioria das tecnologias disponíveis hoje.

No entanto, não importa o quanto os recursos evoluam e os chatbots fiquem inteligentes: a supervisão e participação humana na gestão da estratégia de SAC sempre serão importantes.

Afinal, se nós, humanos, somos passíveis de erros, as máquinas são passíveis de falhas. Trabalhando em conjunto, a possibilidade de erros diminui bastante. Não sabemos até onde as inteligências artificiais vão evoluir como em Blade Runner – já falamos um pouco deste assunto neste artigo – mas uma coisa é fato: humanos e máquinas podem coexistir e trabalhar juntos para o sucesso de uma tarefa ou estratégia, sem que um substitua por completo o outro.