Série de ficção científica Stranger Things traz lições valiosas sobre administração de mídias, confira! [contém spoiler]

A primeira temporada de Stranger Things – lançada em julho de 2016 – deixou muitas perguntas no ar. Ambientada nos anos 80, a série americana conta a história de quatro amigos que se envolvem em uma jornada misteriosa quando um deles desaparece. Ao procurar por pistas e explicações, os personagens mergulham em enigmas obscuros envolvendo experimentos secretos do governo, forças sobrenaturais e um mundo paralelo, ou upside down. Além de conquistar uma legião de fãs – que aguardaram ansiosos a estreia da segunda temporada – a trama de ficção científica também despertou ensinamentos valiosos para a estratégia digital que vamos contar pra você agora.

Falta de planejamento: seu portal para o submundo

Ao longo dos oito episódios, a série revela a existência de um mundo invertido que esconde criaturas gosmentas e mortais, acessado apenas por portais sobrenaturais secretos. Na vida real, os portais podem não ser asquerosos, mas ocultam um perigo que nenhum profissional de mídias quer conhecer: a crise. É importante ter em mente que blindar-se contra a crise é inviável, já que, ao se expor nas redes, qualquer marca está sujeita à avaliação de um universo infinito de pessoas. É exatamente para amenizar essa probabilidade que existe o planejamento. Tendo no papel a essência da marca, a demanda de mercado atendida, o público, o objetivo das mídias e a abordagem editorial, é muito mais improvável ter que lidar com adversidades. Ou seja, assim como na série, o universo das mídias está cheio de vilões invisíveis, mas que ao menor sinal de descuido, podem aparecer para nos arrastar em direção à crise.

Demogorgon: a criatura tridimensional é a sua crise

O clímax da série são as cenas de suspense que envolvem o mundo paralelo e sua criatura assustadora e assassina: um monstro tridimensional que domina e transporta suas vitimas para o submundo. Na comunicação digital, enfrentar o “monstro” da crise sem preparo é igualmente uma viagem rumo ao desconhecido, mas sem poderes sobrenaturais que resolvam tudo por você. Por isso, ter um plano que preveja as possíveis crises e respostas a ela, pode ser a chave para conter o incêndio e proteger a reputação da marca. O tempo de ação pode ser decisivo nas redes sociais, mas isso não significa que você precisa se precipitar. Assim como fez a personagem Nancy – irmã de Mike, um dos quatro amigos – ao entrar no portal, é importante que o profissional de mídias analise o cenário antes de tomar uma atitude que possa comprometer ainda mais a situação. Pensar antes de agir é determinante, na série a na vida real.

Comunicação integrada: união para solucionar o mistério

Descobrir o mistério que envolve o desaparecimento de Will e Barb – amiga de Nancy – se torna o objetivo central de praticamente todos os personagens, o que, em determinado ponto da série, faz com que eles se juntem para entender e solucionar o problema. Um clichê como “união faz a força”, mas que faz total sentido na gestão de crises, afinal, o relacionamento humano se transformou fortemente nos últimos anos, mas a troca de experiências continua sendo ferramenta valiosa dentro das equipes de comunicação. Mais importante do que ser o “herói” da história, é criar condições favoráveis para sua resolução.

Mistério? Só na série

A primeira temporada de Stranger Things deixou muitas perguntas sem resposta, obviamente para instigar a curiosidade e manter a audiência para a segunda temporada, lançada em outubro deste ano. Entretanto, nas redes sociais, resolver as crises com eficiência é não deixar dúvidas sobre a postura da marca. Reserve os mistérios para aquele teaser planejado ou, melhor ainda, para a próxima sessão pipoca.