Promessa de bons resultados a curto prazo pode ser tentadora, mas é necessário ter cautela e saber mensurar o retorno
O marketing digital vem sofrendo mudanças ao longo dos anos e, com um perfil de usuário cada vez mais exigente, é preciso acompanhar as principais tendências para que uma marca, serviço ou produto se destaque no mercado. Não é novidade que, para consolidar uma presença forte no ambiente online e se destacar da concorrência, muitas empresas têm apostado em divulgar sua marca nas principais plataformas de anúncios.
No Google, anunciantes já disputam leilões por uma posição entre os primeiros resultados de pesquisa há, pelo menos, 15 anos*. Já no Facebook, o recurso começou a ser testado em meados de 2004** – quando Mark Zuckenberg ainda estudava em Harvard -, sendo utilizado apenas por comerciantes locais e alunos.
Não demorou muito para que a plataforma de anúncios do Facebook começasse a ser amplamente utilizada e, recentemente, com a disponibilização do botão impulsionar nas publicações, até mesmo pequenas marcas têm se arriscado a investir por conta própria na ferramenta. Mas, afinal, será que investir o seu dinheiro no botão impulsionar vale a pena? Vamos listar 3 motivos para você entender por que a prática não é recomendada.
1. Limita os objetivos de anúncios
Quando você cria um anúncio através do botão impulsionar, na maioria das vezes, o objetivo já vem pré-estabelecido, ao contrário do que acontece no Gerenciador de Anúncios. Esta limitação impacta diretamente nos resultados. Vamos a um exemplo prático:
Imagine o e-commerce de um Petshop que está com um lote de rações próximo ao vencimento, e precisa dar vazão a este produto até uma data limite para que seja possível efetuar a venda sem prejudicar o uso seguro para o consumidor. O dono do pet, Sr. José, resolve clicar no botão impulsionar para divulgar a ração, entretanto, o objetivo disponível vinha pré-estabelecido como alcance ou envolvimento. O Sr. José percebe que embora o número de pessoas alcançadas tenha sido grande, conforme prometido pela ferramenta, houve pouco ou nenhum aumento na procura pelo produto ou novas vendas através do site.
Porém, pense agora: se o Sr. José tivesse utilizado uma campanha cujo objetivo fosse gerar tráfego para o seu e-commerce, ou seja, que direcionasse o usuário certo até um endereço específico (loja online), a chance desse anúncio se concretizar numa conversão em venda é bem maior do que se ele fosse apenas exibido ao usuário, concorda?
Ou seja, o objetivo da campanha, que deveria ser específico, pensando na ação que se deseja que o usuário execute ao ser impactado pelo seu anúncio, já vem pré-selecionado, fazendo, em muitos casos, que o dinheiro gasto traga pouco ou nenhum retorno.
2. Definição de público: com quem você está falando?
Um dos primeiros passos quando se pensa em um planejamento de marketing digital, é conhecer a fundo o negócio e o público-alvo do cliente, para poder desenhar o perfil da persona com quem deseja se comunicar. É a partir dessa concepção que se estruturam todas as campanhas, de maneira que as ações propostas sejam eficazes e que a mensagem chegue de forma adequada ao consumidor final.
Partindo dessa definição, é essencial que nas campanhas de links patrocinados possamos segmentar o público-alvo da forma mais detalhada possível, para que o dinheiro investido traga o retorno esperado de acordo com o objetivo principal de cada campanha. No entanto, a segmentação de público no botão impulsionar é limitada. Embora seja possível fazer a seleção de alguns perfis a partir dessa opção, ela não é tão completa e eficaz quanto as combinações possíveis dentro do Gerenciador de Anúncios.
3. Acompanhando e mensurando resultados
Citamos dois exemplos acima que são primordiais para a configuração adequada de qualquer campanha de links patrocinados: a segmentação detalhada do público-alvo e um objetivo bem definido considerando o resultado que se deseja alcançar.
No entanto, além de entender como configurar um anúncio, é imprescindível que, ao decorrer de cada campanha, os resultados sejam acompanhados e mensurados diariamente. Esse acompanhamento envolve, desde de saber analisar métricas relevantes, como o custo por clique (CPC), o alcance, as impressões e a frequência, por exemplo, quanto entender se a arte, foto ou mensagem utilizadas estão sendo eficazes.
O botão impulsionar não permite testar essa variação de anúncios, o que, a longo prazo, vai gerar resultados menos positivos em termos de assertividade de público-alvo, otimização de orçamento e evolução nas estratégias dentro de cada campanha.
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Fontes
*Exame Abril, Tecnologia:https://exame.abril.com.br/tecnologia/google-completa-15-anos-confira-a-historia-da-empresa/, , acesso em 19/08/2019
**Blog Rock Content: https://rockcontent.com/blog/historia-do-facebook-ads/, acesso em 19/08/2019 G1 Tecnologia: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/02/facebook-completa-10-anos-veja-evolucao-da-rede-social.html, acesso em 19/08/2019